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02/04/2003 - Copa Libertadores: Grêmio 4x1 Peñarol-URU

Grêmio garante a vaga com goleada

Ajudado pela torcida, time fez sua melhor apresentação no ano, aplicou 4 a 1 no Peñarol e está na próxima fase da Libertadores


Com um futebol que ainda não havia apresentado na temporada, o Grêmio goleou o Peñarol por 4 a 1, ontem à noite, no Olímpico, e atingiu o seu objetivo: a classificação à próxima fase da Copa Libertadores, meta principal do clube no ano de seu centenário. Com isso, a partida do dia 10, em La Paz, contra o Bolívar, já não tem qualquer importância para o Grêmio, que chegou aos 10 pontos ganhos.

O entusiasmo da torcida nas arquibancadas se transferiu para os jogadores no gramado. O time começou num ritmo forte. Logo a 1min30s, Gilberto invadiu a área pela esquerda e chutou sobre o goleiro. O Grêmio continuou insistindo. Aos 21, Caio bateu forte, acertando a trave superior.

O gol esperado por todos no estádio aconteceu aos 23 minutos, quando Ânderson Lima foi ao fundo e cruzou para Claudiomiro desviar de cabeça e fazer 1 a 0. A partir daí, começaram a despontar individualidades. Na defesa, Claudiomiro; no meio-campo, Gilberto, que mostrava qualidades para firmar-se na posição; e, na frente, Luís Mário e Caio. E foi Luís Mário quem começou a jogada do segundo gol, aos 43, quando ele cruzou da direita. A bola atravessou a área e caiu nos pés de Gilberto, que tocou para trás. Caio dominou e chutou com categoria no canto esquerdo.

O segundo tempo começou com um susto: Bizera, a 1 minuto, aparou escanteio e cabeceou para marcar o gol uruguaio. No minuto seguinte, Gilberto foi puxado na área, pênalti não assinalado. Aos 15, Caio cabeceou na trave, a bola foi afastada da área e sobrou para Gilberto, que chutou forte, cruzado, no canto esquerdo: 3 a 1. Aos 18, cobrando falta, Ânderson Lima, também de boa atuação, marcou o gol que consolidou a classificação tricolor.


Técnico elogia Gilberto como articulador



Sempre elegante, mesmo nos momentos de maior pressão, não seria na hora de uma vitória como a de ontem, conseguida de goleada e com um futebol convincente, que Tite mudaria de atitude. Não deixou, porém, de enfatizar o bom desempenho de sua maior aposta (Gilberto no meio-campo), pela qual tem sido criticado e até chamado de técnico inventor. 'É difícil adaptar alguém no transcurso de uma competição, mas o Gilberto deu boa resposta nessa nova função. Participou do segundo gol, marcou um e sofreu um pênalti'.

Com o semblante tranqüilo ('Não estou eufórico, estou em paz', afirmou), Tite prosseguiu na defesa de Gilberto como homem de articulação: 'Ele ainda precisa de tempo para adaptação, e aí eu peço paciência de todos, porque é inegável que qualidades técnicas e característica para jogar por ali o Gilberto tem de sobra'.

Sobre a ameaça de demissão em caso de um fracasso diante do Peñarol, Tite admitiu que viveu momentos difíceis. 'Estar técnico do Grêmio exige muito equilíbrio, que eu encontro na minha família, nos companheiros. E é esse equilíbrio que me permite desenvolver um trabalho', disse, acrescentando um elogio ao presidente Flávio Obino: 'Ele é uma pessoa especial'.



GRÊMIO 4
PEÑAROL-URU 1
DANRLEI
ELDUAYÉN
ÂNDERSON LIMA
TURCIOS
POLGA
BIZERA
CLAUDIOMIRO (ROBERTO)
DE SOUZA
ROGER
HERRERA (FAJARDO)
AMARAL
CESARO
TINGA
ROTUNDO (JIMÉNEZ)
RODRIGO FABRI
CANOBBIO
GILBERTO
CEDRÉS
LUIZ MÁRIO (EMERSON)
ESTOYANOFF
CAIO (ELTON)
PACHECO (BOGLIACINO)
Téc.: TITE
Téc.: DIEGO AGUIRRE


ÁRBITRO
PÚBLICO  (RENDA)
HORACIO ELIZONDO
23.217  (R$ 152.780,00)


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